29/11/2022 em Bem-estar. Escrito por José Sanchez
Saúde

O uso de cigarros eletrônicos cresceu bastante nos últimos anos, e diferente do que muita gente acha, eles causam diversos problemas à saúde. Como o consumo cresceu na última década, daqui alguns anos serão cada vez mais frequentes os problemas relacionados.
Novas pesquisas estão surgindo nesse sentido. Afinal, ainda há muitos fatores de confusão com o cigarro tradicional. Dessa forma, os novos estudos devem envolver grandes números de pacientes para saber os malefícios proporcionados.
Como o uso dos cigarros eletrônicos cresceu somente na última década, ainda não há uma clareza em relação à causa e efeito entre o uso de cigarros e o surgimento de câncer. Quer saber mais? Então continue com a gente.
Quais são os malefícios do cigarro eletrônico?
De acordo com Luiz Fernando Ferreira Pereira, pneumologista da Oncobio, do Grupo Oncoclínicas Belo Horizonte, os cigarros eletrônicos não liberam fumaça, mas sim um vapor, o que o diferencia do cigarro normal.
Todavia, mesmo liberando menos substâncias do que os cigarros tradicionais, o seu vapor também contém elementos com risco para a saúde, o que inclui a nicotina, propilenoglicol, glicerina vegetal, saborizantes, aldeídos, metais pesados e nitrosaminas.
Além disso, Luiz Fernando destaca que as novas gerações desses cigarros eletrônicos liberam mais quantidade de nicotina, metais pesados e partículas finas do que o que é liberado na fumaça dos cigarros comuns.
Segundo o especialista, a troca do cigarro tradicional pelo eletrônico não é uma boa opção, visto que o ideal é cessar o tabagismo. Ele destaca que os órgãos do nosso corpo, em especial os pulmões, são muito sensíveis aos compostos de vapor do cigarro eletrônico.
Leia também:
- Caminhada em lugares relaxantes melhoram a saúde mental
- Andar de bicicleta: veja os benefícios dessa prática para a saúde
- Sintomas da ansiedade aumentam no período noturno
Estudos em ratos mostram os malefícios do cigarro eletrônico
Novos estudos em ratos e em células humanas comprovam que os compostos do valor reduzem a imunidade pulmonar, além de inflamar as mucosas e reduzir a depuração mucociliar.
O vapor também lesa o DNA das células e altera a parede dos vasos sanguíneos, o que aumenta o risco de câncer. Luiz Fernando ainda enaltece que alguns estudos populacionais associam o uso do cigarro eletrônico com vários tipos de câncer.
Os mais comuns são o câncer de bexiga e de pulmão. Todavia, ele esclarece que é preciso mais pesquisas para ratificar os estudos iniciais. De acordo com o médico, o tabagismo é responsável por mais de 85% dos cânceres de pulmão.
Ele ainda esclarece que os cânceres com poucos sintomas, e até mesmo com sintomas iniciais inespecíficos são diagnosticados muito tarde, geralmente quando a doença já está em níveis bem avançados.
Risco dobrado para a saúde
O médico salienta que o uso do cigarro tradicional e o eletrônico juntos aumentam os riscos de doenças, inclusive o câncer. Ele esclarece que o risco da doença também é maior de acordo com a predisposição genética.
Ele salienta que a nicotina é um potente causador de dependência, ainda maior que o álcool e similar a muitas drogas ilícitas. Por isso, muitos fumantes, mesmo sabendo dos riscos à saúde, não conseguem largar o vício.
Todavia, o pneumologista esclarece que o Brasil é um exemplo mundial na luta contra o tabagismo. Afinal, houve uma redução de 34% na década de 1980 para menos de 10% em 2021. No entanto, a preocupação agora é com os cigarros eletrônicos.
Afinal, o consumo cresceu muito e o vapor contém muitas substâncias prejudiciais, e libera mais nicotina que os cigarros tradicionais. Dessa forma, você se torna dependente da nicotina, e outros compostos liberados no vapor podem prejudicar outras pessoas.
Ademais, os cigarros eletrônicos podem causar insuficiência respiratória grave e levar as pessoas até a morte. Por isso, não devem ser consumidos. Gostou? Então compartilhe com todos os seus amigos nas suas redes sociais.